Nenhum lugar do mundo é perfeito.
Várias coisas legais acontecem por aqui, e eu sempre tenho aquele sentimento de "quem dera minha família e amigos pudessem experimentar, viver o mesmo que eu estou vivendo".
Mas como disse no inicio do post, não existe lugar perfeito. Vou comentar sobre duas palavras que de certa forma, me causaram um certo "estranhamento". Hoje, lendo e assistindo uma reportagem (antiga, do ano passado) na internet, me lembrei delas.
Autochtoon e Allochtoon
Eu sei que o tema é batidíssimo aqui na internet. Há alguns textos, blogs, material em português que tratam desse assunto. Mas como mais adiante, eu quero fazer um post sobre o mercado de trabalho na Holanda, será necessário eu abordar o tema aqui no blog.
A grosso modo, Autochtoon é toda pessoa que nasceu na Holanda e que têm o pai e a mãe também nascidos na Holanda.
Allochtoon é toda pessoa que não nasceu na Holanda (imigrante) ou nascida na Holanda mas de pais imigrantes ou ainda, um pai (ou mãe) imigrante.
Resumindo: eu e o meu filhote, somos allochtonen. Eu, imigrante. Meu filhote, nascido em terras baixas, com mãe brasileira e pai holandês.
Eu sei...tô sabendo. Não somos os primeiros, nem seremos os últimos. Tecnicamente, até o Rei da Holanda, Willem Alexander, é um allochtoon. E as filhas dele também.
(Vamos combinar: ele é o REI. Bem provavelmente, ser um allochtoon no caso dele, não tem impacto algum.)
Esse é o link da reportagem que eu vi. Fala sobre o ensino nas escolas básicas de Holanda
http://pt.euronews.com/2014/07/11/holanda-um-sistema-de-ensino-e-varios-metodos/
A Holanda possui o décimo melhor ensino do mundo. Mas mesmo assim, existe uma espécie de segregação social nas escolas. Essa segregação não fica só nesse âmbito. Na cidade onde eu moro, que não é grande, já é possível identificar os bairros essencialmente "holandeses", ou seja, ali, de imigrante só o pessoas que trabalham nos estabelecimentos ou casas.
Quando uma escola tem a maioria dos seus alunos descendentes de imigrantes (marroquinos, turcos, enfim, "não brancos"), chamam-na de escola negra/preta.
O que eu vejo por aqui, são pais preocupados em colocar seus filhos em escolas brancas. Em tese, os alunos seriam melhor preparados nessas escolas.
Há controvérsias. Conheço uma brasileira que afirma que seu filhos sempre estudaram nas escolas onde haviam muitos imigrantes ou filhos de imigrantes, e de acordo com ela, seus filhos tiveram uma ótima experiência escolar.
Eu desejo sinceramente, que esse ensino top que existe na Holanda permaneça TOP, mas que o mesmo esteja ao alcance de todos: allochtonen e autochtonen!
Tot ziens!
:-)
Várias coisas legais acontecem por aqui, e eu sempre tenho aquele sentimento de "quem dera minha família e amigos pudessem experimentar, viver o mesmo que eu estou vivendo".
Mas como disse no inicio do post, não existe lugar perfeito. Vou comentar sobre duas palavras que de certa forma, me causaram um certo "estranhamento". Hoje, lendo e assistindo uma reportagem (antiga, do ano passado) na internet, me lembrei delas.
Eu sei que o tema é batidíssimo aqui na internet. Há alguns textos, blogs, material em português que tratam desse assunto. Mas como mais adiante, eu quero fazer um post sobre o mercado de trabalho na Holanda, será necessário eu abordar o tema aqui no blog.
A grosso modo, Autochtoon é toda pessoa que nasceu na Holanda e que têm o pai e a mãe também nascidos na Holanda.
Allochtoon é toda pessoa que não nasceu na Holanda (imigrante) ou nascida na Holanda mas de pais imigrantes ou ainda, um pai (ou mãe) imigrante.
Resumindo: eu e o meu filhote, somos allochtonen. Eu, imigrante. Meu filhote, nascido em terras baixas, com mãe brasileira e pai holandês.
Eu sei...tô sabendo. Não somos os primeiros, nem seremos os últimos. Tecnicamente, até o Rei da Holanda, Willem Alexander, é um allochtoon. E as filhas dele também.
(Vamos combinar: ele é o REI. Bem provavelmente, ser um allochtoon no caso dele, não tem impacto algum.)
Esse é o link da reportagem que eu vi. Fala sobre o ensino nas escolas básicas de Holanda
http://pt.euronews.com/2014/07/11/holanda-um-sistema-de-ensino-e-varios-metodos/
A Holanda possui o décimo melhor ensino do mundo. Mas mesmo assim, existe uma espécie de segregação social nas escolas. Essa segregação não fica só nesse âmbito. Na cidade onde eu moro, que não é grande, já é possível identificar os bairros essencialmente "holandeses", ou seja, ali, de imigrante só o pessoas que trabalham nos estabelecimentos ou casas.
Quando uma escola tem a maioria dos seus alunos descendentes de imigrantes (marroquinos, turcos, enfim, "não brancos"), chamam-na de escola negra/preta.
O que eu vejo por aqui, são pais preocupados em colocar seus filhos em escolas brancas. Em tese, os alunos seriam melhor preparados nessas escolas.
Há controvérsias. Conheço uma brasileira que afirma que seu filhos sempre estudaram nas escolas onde haviam muitos imigrantes ou filhos de imigrantes, e de acordo com ela, seus filhos tiveram uma ótima experiência escolar.
Eu desejo sinceramente, que esse ensino top que existe na Holanda permaneça TOP, mas que o mesmo esteja ao alcance de todos: allochtonen e autochtonen!
Tot ziens!
:-)
